
Lançado no dia 6 de maio de 2014, em Mossoró, o livro MINHA
HISTÓRIA de Oseas Lopes, Trio Mossoró a Carlos André, conta em detalhes a
trajetória dos artistas mossoroenses que mais fizeram sucesso em nível Brasil,
na década de 1960. Formado por três irmãos, Oseas Lopes, rebatizado
artisticamente de Carlos André, mais Hermelinda e João Batista, o livro tem a
apresentação de Raimundo Fagner e o prefácio de Luiz Vieira. Essa primeira
edição sai pelo Projeto Rota Batida, da Fundação Vingt-un Rosado, da Coleção Mossoroense,
sob o patrocínio da Petrobras, Governo do Rio Grande do Norte, e Cosern. Além
da participação de Fagner e Luiz Vieira, o livro traz depoimentos de artistas,
produtores e até do jurado José Messias, um dos maiores incentivadores do Trio
Mossoró, ainda em início de carreira no Rio de Janeiro.
O mais interessante na história dos três irmãos
desbravadores, é o início de tudo. Como um simples pintor de carroceria
de caminhão, no caso Oseas Lopes, foi descoberto. Ele costumava cantar músicas
de Luiz Gonzaga, enquanto pintava frisos nas carrocerias, pois sempre teve uma
letra caprichada e elogiada pelos colegas de escola. E todo dia outro jovem
como ele, passava a caminho do seu trabalho, uma emissora de rádio, e
observava-o cantar. O ano era 1956 e o jovem locutor era o saudoso Canindeh
Alves, com apenas vinte anos de idade, que ousou convidar o pintor, que tinha
17 anos, para cantar na festa de primeiro aniversário da Rádio Tapuyo. Oseas
espantado com o convite, não entendeu direito, mesmo assim, levou Canindeh até
sua casa e, com a permissão do pai, Messias Lopes, cantou para um auditório
lotado e nunca mais pintou nada. Ali estava traçado seu destino de cantor,
depois tocador de sanfona, compositor, produtor musical, dentre outros, do seu
cantor inspirador, Luiz Gonzaga.
O livro também conta as tragédias que abateram
dois filhos de seu Messias Lopes, primeiro Edson, funcionário da Petrobras,
vítima de grave acidente numa plataforma; e Cocota, o maior seresteiro da
cidade, assassinado por um menor,às vésperas de viagem para o Rio de Janeiro,
onde se uniria aos irmãos e tentaria carreira solo.
Quem quiser saber mais detalhes do sucesso do
ritmo forró na região Sudeste, precisa ler a biografia do homem que mudou seu
nome artístico para Carlos André, após gravar e estourar o sucesso Se
Meu Amor Não Chegar, cujo refrão 'Eu hoje quebro essa mesa, se meu amor não
chegar', gravado em 1974, vendeu um total de um milhão de cópias e ainda é
executada em emissoras de rádio no Nordeste brasileiro.
No livro, o registro fotográfico do Trio Mossoró, de
Carlos André e sua família, amigos e a capa de todos os discos do Trio Mossoró,
de sua carreira solo e dos artistas que ele produziu.
O livro pode ser adquirido através do e-mail:
emuribeka@uol.com.br com entrega via Correios ou a domicílio para Mossoró, por
R$ 30,00 - trinta reais.
FONTE – BLOG DE LÚCIA ROCHA